ISSN 2965-9280

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O líder visionário e empreendedor com Jimmy Peixoto

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Nesta edição da Revista Líderes, destacamos Jimmy Peixoto, um empreendedor serial renomado por suas inovações e sucessos internacionais. Com uma sólida experiência em acelerar negócios nos EUA, Europa, América Latina e Brasil, Jimmy foi precursor em iniciativas como táxi por aplicativo e parques de trampolins. Seu trabalho executivo no Grupo RBS e como Diretor de Inovação no Grupo Smart Fit sublinha sua habilidade em transformar setores. Educado em Contabilidade e Economia pela BYU e com especialização em Design Thinking pela Harvard, Jimmy também se destaca como mentor de startups pelo MIT. Celebrado como um dos empreendedores mais inovadores do Brasil e finalista no Tech Crunch Disrupt, hoje ele compartilha conosco sua perspectiva sobre liderança, inovação e os futuros passos de sua notável carreira

Entrevista

Revista Líderes: Hoje teremos a oportunidade singular de estar aqui com Jimmy Peixoto, um grande empreendedor que vai narrar um pouco da sua jornada empreendedora. Conta quem é Jimmy?

 

Jimmy: tenho 45 anos, sou casado, tenho três filhos, dois que moram fora e um que mora aqui comigo, o mais novo. Estudei economia e ciências contábeis pela BYU nos Estados Unidos e depois fiz uma especialização em Harvard, em Boston, em Design Thinking. Quando voltei ao Brasil, acabei participando de algumas jornadas, como você mesmo mencionou. Uma das primeiras empresas de táxi via aplicativo no Brasil. Chegamos a ter 45.000 taxistas entre São Paulo e Rio de Janeiro e 1,5 milhão de usuários em 10 meses de operação. Foi um crescimento muito rápido. Eventualmente, essa empresa foi vendida para um concorrente que acabou ficando muito maior do que a gente, mas foi uma jornada muito legal.

Depois, eu fiz uma startup que foi o primeiro social commerce da América Latina, onde ajudávamos as empresas a desovar estoque ocioso de produtos em troca de ajudar uma instituição de caridade, o que era muito importante na época da transição entre gerações. Recebemos aporte financeiro tanto de anjos quanto de fundos, e fui premiado como um dos empreendedores mais inovadores do Brasil em 2014. Essa empresa foi finalista no TechCrunch Disrupt em São Francisco, em 2014, com o prêmio de empresa com maior potencial global.

No meio desse caminho todo, conheci o pessoal da Smartfit e eles me chamaram para trazer inovação para o grupo. Foi uma jornada muito legal. Quando entrei no grupo, tínhamos 140 unidades. Quando saí, eram 1000 unidades. Participei de todo aquele crescimento com muita inovação. Eu era diretor para a América Latina, então acabamos criando muita coisa para muitos lugares. Foi uma jornada muito gratificante.

Saí para poder fazer o que faço hoje. Queria trabalhar com entretenimento para crianças, focando em trazer sorrisos. Identifiquei algumas oportunidades, tendo morado fora muitos anos, e resolvi trazer algo muito legal para o Brasil, mas de uma forma tropicalizada, adaptada à nossa cultura. Nos Estados Unidos, há trampolins em cada esquina e é um mercado multibilionário, mas no nosso país, não. Então, queria ter certeza de que conseguiríamos trazer uma experiência bacana para os brasileiros.

Acho que, para sumarizar quem sou, posso dizer que sou um empreendedor. Gosto de criar negócios e, com toda a humildade, tenho experiência desde a ideação até a implementação. Como transformar isso em métricas para ser um negócio bem-sucedido ou mal-sucedido, só o tempo dirá, mas pelo menos a estrutura e a operação conseguimos montar devido à vasta experiência que adquirimos.

 

Revista Líderes: Seus resultados falam por você, Jimmy. Obrigado pela sua breve apresentação. Já conseguimos ver o tamanho da entrega que você tem. A pergunta que me ocorre é: como você consegue estar à frente do tempo? Você foi um dos pioneiros do táxi virtual e também atuou no crescimento exponencial da Smartfit, aumentando em 10 vezes. Como você consegue sempre estar à frente com ideias inovadoras?

 

Jimmy: Olha, eu acho que um pouco é… não sei, talvez eu tome muito energético (risos), mas brincadeiras à parte, sou muito ligado a métricas, até por conta da minha formação. Também tive a sorte de conhecer pessoas muito importantes na minha vida que me trouxeram muitos insights. Conheci grandes empreendedores no Vale do Silício, almocei com eles, aprendi com eles. Por alguma razão, o universo foi bondoso comigo e me colocou em contato com essas pessoas.

Desde que era mais novo, sempre fui engajado em obras sociais, mas nunca gostei do estilo tradicional de ONGs, porque é um modelo que não se sustenta. Pensava em como fazer algo nessa vida que realmente deixasse um legado, algo escalável e que trouxesse retorno. Talvez parte do meu porquê venha de querer ajudar as pessoas. Quando você desenvolve ferramentas de massa crítica, consegue ajudar mais gente.

Tive câncer, o que me fez refletir sobre o que é realmente importante na vida. Tenho um filho com necessidades especiais e penso em como posso ajudar outras pessoas. Por exemplo, ajudar meu filho a voltar a andar ou ajudar pessoas a saírem da rua. Dinheiro é importante, mas o que realmente queremos que aconteça na nossa vida? Qual é o nosso propósito? Sempre penso muito nisso nas coisas que desenvolvo.

 

Revista Líderes: Faz muito sentido essa clareza do final, de onde se quer chegar, e a construção do caminho. Você vai construindo a estratégia enquanto caminha, desde que tenha essa clareza do final. E a estratégia vai se moldando. Conta para nós o que você aprendeu, quais foram as pérolas dessa sua jornada desde a Smartfit, a empresa de táxis, ou até mesmo agora com os parques de trampolim.

 

Jimmy: Uma coisa que aprendi é que você não faz nada sem pessoas. Quando falamos em liderar, não podemos ser hipócritas, temos que ser 100% reais. Ser real nos abre para coisas boas e ruins, mas nos torna líderes honestos, onde as pessoas sabem que podem contar conosco. Para atrair os melhores talentos, é preciso clareza. Tenho uma gestão de resultados abertos, onde todos têm acesso às informações necessárias.

Acho que uma pérola é que você não faz nada sem pessoas. Para atrair os melhores, você precisa ser transparente e mostrar quem você é. Outra coisa importante é que, quando você tem clareza no propósito da sua companhia e ele está alinhado com o propósito das pessoas, não tem erro. Por exemplo, na Urban Motion, todos os colaboradores-chave têm mais de 5 anos de casa e adoram o que fazem porque está alinhado com seus propósitos.

 

Revista Líderes: Muito agradecido pelas pérolas compartilhadas. Você mencionou a Urban Motion. Conta para nós um pouco mais sobre essa ideia de parque de trampolim. Quais são seus planos, como funciona a empresa e quais foram os caminhos que você percorreu?

 

Jimmy: Cheguei a experimentar vários parques de trampolim nos Estados Unidos antes de saber que traria esse modelo para o Brasil. Saí da Smartfit para participar da Urban Motion, convidado por dois americanos. Como sou vidrado em métricas, comecei a estudar o mercado lá fora e aqui. Nos EUA, havia 700 parques, um mercado gigantesco. Saí da Smartfit para tocar esse negócio, pré-pandemia, ainda em um modelo incipiente.

Na pandemia, sofremos bastante, mas esperamos o tempo necessário para ajustar nosso modelo de negócios. Lançamos o modelo de franquias recentemente porque queremos crescer. O mercado de entretenimento cresceu muito na pandemia, e enxergamos uma grande oportunidade. Oferecemos uma experiência completa, com trampolins, futebol, basquete e festas de aniversário, acreditando que sempre haverá demanda para celebrações.

 

Revista Líderes: Quem tem o perfil para investir em uma franquia da Urban Motion? Além do recurso financeiro, há algum perfil específico que você procura? 

 

Jimmy: Pensando nisso, criamos três modelos de franquia. Primeiro, para executivos ou pessoas com experiência em tocar negócios, que podem investir cerca de 1,5 milhão de reais e tocar a franquia. Segundo, para quem tem o dinheiro, mas não a experiência ou tempo, nós tocamos a franquia para você e você recebe os dividendos. Terceiro, para quem não tem 1,5 milhão, mas quer participar, oferecemos o modelo de investimento cotista, onde reunimos investidores que juntos alcançam o valor necessário.

Conheça a Urban Motion:  Acesse:  www.urbanmotion.com.br

 

JOGO RAPIDO COM JIMMY

Família é …  tudo.

A Urban Motion …  A bola da vez.

Liderar é …  Um desafio delicioso.

Comida favorita ….  Churrasco.

Um livro que marcou sua vida … Pense e Enriqueça.

Deus é Acima de tudo.

Uma frase que te inspira:  Honestidade. Prefiro perder um amigo por falar a verdade do que perder a amizade por não ser honesto.

Uma pessoa que você se inspira : Elon Musk e líderes religiosos, porque nos fazem olhar para cima e lembrar que há algo maior acima de nós.

 

Modelagem do Lider empreendedor

 

Revista Líderes: Como você define sua visão de liderança?

Jimmy: Empatia. Colocar-se no lugar do outro é essencial. Exijo 100% das pessoas, mas aceito 80% sem falar nada. Isso mantém o ritmo e permite o crescimento, sem travar o processo.

 

Revista Líderes: Qual é o seu propósito como líder?

 

Jimmy: Fazer com que as pessoas se realizem profissionalmente.

 

Revista Líderes: Diante de decisões complexas, quais são os processos e critérios que você utiliza para chegar a uma conclusão? Pode compartilhar um exemplo?

 

Jimmy: Saber o final é fundamental. Por exemplo, no modelo de festas de aniversário da Urban Motion, testamos com baixo custo antes de fazer mudanças drásticas. O final estava claro: ser um pilar de entretenimento. Então, mitiguei o risco investindo pouco e ajustando conforme os resultados.

Revista Líderes: Na comunicação, qual é o seu estilo e como você motiva a sua equipe? Quais técnicas usa para resolver conflitos?

 

Jimmy: Gosto de uma gestão aberta. Todas as segundas-feiras temos uma reunião de conselho, onde todos apresentam suas áreas e discutimos problemas. Trago especialistas para ajudar quando necessário. Na resolução de problemas, deixo a pessoa responsável liderar, sem atravessar sua autoridade, mas com suporte.

 

Revista Líderes: Quais são os valores e princípios inegociáveis para você na liderança? Além da honestidade, tem mais algum?

 Jimmy: A honestidade engloba muita coisa, mas também a ação é crucial. Não adianta orar de joelhos se não levantar e trabalhar. Acredito que grandes realizações precisam de grandes pessoas. Permito erros mitigados e apoio as decisões, mesmo que não concorde.

 

Revista Líderes: Como você identifica e cultiva potenciais líderes dentro da sua equipe? Qual é a abordagem que utiliza?

 

Jimmy: Investimos em áreas que agregam valor à entrega final. Pagamos cursos que possam ajudar indiretamente. Além disso, compartilhamos um pedaço da companhia com colaboradores-chave, motivando-os com equidade de suor. Também incentivamos experiências que agreguem para a operação, como uma viagem à Disney para toda a liderança, para entender a excelência em atendimento.

 

Revista Líderes: Como lida com os erros, sejam seus ou da sua equipe? Pode compartilhar algum aprendizado importante?

Jimmy: Permito erros dentro de parâmetros. Um aprendizado pessoal foi não ser 100% autêntico em alguns casos, o que pode levar a comprometer-se demais. Prefiro ser honesto e direto, permitindo que minha equipe faça o mesmo.

 

Revista Líderes: Como você se adapta às mudanças? Pode citar um exemplo, como na pandemia?

Jimmy: Na pandemia, adaptamos a Urban Motion para funcionar como academia temporariamente, salvando a operação. Sou suscetível a mudanças que não atrapalhem o foco do negócio. Inovações são bem-vindas, desde que o final esteja claro.

 

Revista Líderes: Qual é a maior dor que você sente no papel de líder?

Jimmy: Separar o pai do líder. A ansiedade de não poder ensinar apenas por palavras, mas pela experiência prática, é uma das grandes dores.

 

Revista Líderes: Qual é o legado que você espera deixar como líder? Como mede o impacto da sua liderança?

Jimmy: O legado que espero deixar é mudar a vida das pessoas, proporcionando oportunidades através do empreendedorismo. Medir o impacto vem de ver as vidas que conseguimos transformar, como colaboradores que alcançaram objetivos pessoais importantes.

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AUTOR

Revista Líderes

@arevistalideres 

2 Edição  – Maio de 24