ISSN 2965-9280

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Como o autoconhecimento importa no terceiro setor

Por Francisca Magalhães

Desafio

Como líder social, o maior desafio foi migrar do mundo corporativo (segundo setor) com os costumes obtidos, para uma instituição social (terceiro setor). Embora a gestão de negócios seja bem semelhante em ambos os setores, o foco é bem diferente: o terceiro setor está focado em servir pessoas e não em lucratividade.

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Assim, a equipe da diretoria obrigatoriamente tem que ser voluntária, devendo ter outro meio de se manter financeiramente. Dessa forma, pode ocorrer sobrecarga nos trabalhos diários, já que nem todos os membros da diretoria disponibilizam de tempo para participarem ativamente na busca de soluções para entidade.

No entanto, essa experiência é enriquecedora porque cada integrante utiliza de criatividade, colocando em prática conhecimentos que antes, talvez, ele acreditasse que não ter, como também oferece oportunidade às suas redes de contatos que desejam ajudar o próximo e não sabe como. 

Não superar esses desafios impediria o crescimento da entidade e membros.

Solução

No meu caso, eu desconhecia de organização de evento e de normativas do terceiro setor, então busquei formação e conhecimentos. Trabalhei meu autoconhecimento através de vários cursos, capacitando-me a lidar com minhas limitações e de outras pessoas.

Assim, usei disso com funcionários, membros da diretoria, comunidade e pais dos assistidos pelo projeto. O autoconhecimento e desenvolvimento humano foram chave para poder oferecer serviços diferenciados a população.

Por meio desses conhecimentos, foi possível levar os colaboradores e membros da diretoria a fazerem uso de sua criatividade, afinal, eles estavam, agora, mais conectados com suas essências.

Isso também me levou à crença que todos temos o poder de mudar o que nos incomoda. Por isso, passei a motivar minha equipe a superar seus medos, colocando nossos coordenadores em situações desafiadoras para que eles solucionem questões independente da diretoria.

Por fim, saber como me comunicar sem entrar em pânico e me conectando com as pessoas, algo que muitos esquecem da importância, permitiu uma mudança de postura minha e um impacto positivo nos colaboradores e membros da diretoria. Com isso, a missão que temos como instituição – ajudar pessoas – ficou registrada em todos nós.

 

Resultados Alcançados

O acúmulo de ações focados no desenvolvimento humanos de nossos colaboradores e membros de diretoria são claros: um impacto em mais de 8 mil pessoas que passaram por nossa instituição.

Algumas delas hoje são funcionárias no Hospital das Clínicas em São Paulo, fotógrafa do jornal Diário de Suzano, empreendedoras no ramo da beleza, profissional da música e ballet. Nosso evento anual, a Festa Nordestina de Suzano, que impacta o comércio da região, recebe cerca de 80 mil pessoas/fim de semana em cada edição anual, apesar do seu começo de 16 mil visitantes.

A instituição se tornou referência em Suzano. Aumentamos a receita com parceria de empresas doadoras de cupom fiscal, pessoa física e parceria com o poder público. Atualmente temos 3 unidades, atendendo crianças a partir de 1 ano de idade.

E com isso me tornei uma mulher de negócios como sempre desejei, ofereço mentoria a empreendedores desenvolvendo seus negócios.

 

Lições Aprendida e Conselhos

Aprendi que somos como um livro, cheio de conteúdo. Mas todo esse conteúdo só vale a pena se for compartilhado. Quanto mais colocamos em prática, mais aperfeiçoamos o aprendizado.

Meu conselho é que devemos olhar para os desafios como algo bom: dali pode sair oportunidades jamais imagináveis. É importante enfrentarmos nossos medos. Eles são bem menores do que pensamos.

AUTOR

Francisca Magalhães

Engenheira Química, Especialista em Gestão Empresarial e Empreendedorismo, formada pela Universidade de Mogi das Cruzes. Coach, Master Coach pela Iaperforma, Practitioner em PNL pelo Instituto Paulista de PNL e Consteladora pela Constelação Clínica. Além disso, oferece mentoria a empreendedores. Co-fundadora do Instituto Virtutis, atuando nas áreas de educação, esporte e cultura atendendo crianças, jovens e adultos.

 Responsável por uma equipe de 33 funcionários, para os quais, periodicamente, oferece treinamento de desenvolvimento humano e organização de eventos, pois o Instituto Virtutis é fundador e responsável pela Festa Nordestina de Suzano, a qual financia parte da instituição